PIBID NA EDUCAÇÃO FÍSICA
O
Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID) é uma ação
conjunta do MEC/CAPES que oferece bolsas para discentes de cursos de
licenciaturas, para que estes tenham experiências pedagógicas em escolas
públicas do ensino básico, contribuindo, assim, na sua formação e na melhoria
da qualidade de ensino dessas escolas.
O
subprojeto de Educação Física PIBID/FURB tem como coordenadora a Profª Ms.
Patrícia Neto Fontes e no município de Blumenau - SC está ocorrendo em duas
escolas da rede estadual de ensino e uma escola da rede municipal de ensino.
Contempla também uma escola do município de Gaspar SC da rede municipal de
ensino.
Este
subprojeto tem como objetivo desenvolver uma metodologia de ensino-pesquisa,
que possa contribuir para uma Educação Física Escolar, que seja tanto ação
pedagógica quanto produção teórica, a partir das diferentes abordagens
pedagógicas da Educação Física Escolar. Ação pedagógica crítica, possibilitando
aos licenciandos do curso de Educação Física uma intervenção no cotidiano
escolar tendo por base o tripé: Ação Reflexão crítica Nova ação.
Produção
teórica ou investigativa, favorecendo aos licenciandos o exercício da pesquisa
participante, para conjuntamente aos demais educadores da escola, refletir,
formar e reformular sua própria prática educativa e a prática da escola. Desta
forma, almeja-se a formação do professor pesquisador, pois a pesquisa é um
componente indispensável ao trabalho docente.
Este se
desenvolve através de oficinas que tematizem as práticas da cultura corporal
(esporte, dança, jogos, ginástica, lutas e expressões artístico-culturais),
como alternativas de ensino complementar e diferenciado. As oficinas acontecem
de forma sistemática durante todo o ano letivo (oficinas laboratório) no início
do Projeto no contra turno escolar e atualmente no próprio turno.
Na E. E.
B Victor Hering o subprojeto vem sendo realizado desde setembro de 2011,
através de uma equipe de 05 (cinco) bolsistas acadêmicos e 01 (um) bolsista
supervisor prof. Ms. Ruy Fernando Marques Dornelles. Os bolsistas se inseriram
e vivenciaram a realidade escolar a partir de algumas ações: orientações e
formação aos alunos bolsistas, elaboração de estratégias para a inserção no
cotidiano escolar, divulgação do projeto na comunidade escolar, realização das
oficinas.
Após o
início das oficinas, na busca em atender os anseios das crianças participantes
do projeto por jogos, esportes e brincadeiras, coube aos bolsistas,
articulá-los pedagogicamente criando um ambiente rico em aprendizagem e
participação. A experiência vem demonstrando ser possível através de intervenções,
articular os interesses das crianças na construção das aulas. O foco das aulas
tem sido proporcionar a participação efetiva das crianças com idéias e
sugestões, numa tentativa de contribuir com algo mais do que somente
desenvolvimento motor e físico, mas incluindo também valores de formação humana
que são diretamente ligados ao viver e conviver com o outro e em sociedade.
Não
deveria ser surpresa a criatividade e percepção das crianças quando incluídas
no processo de elaboração/construção de circuitos, jogos, regras de atividades
e brincadeiras propostas pelos bolsistas ou por elas mesmas. Percebe-se uma
vontade constante das crianças em dar idéias e sugestões para as aulas (de ter
vez e voz),assim estas foram acrescentadas aos conteúdos, o que levou ao
alcance de objetivos maiores que os inicialmente almejados.
A
experiência vivida nos meses de setembro a dezembro de 2011 levou o grupo e
bolsistas a buscarem na literatura da Educação Física suporte teórico para a
elaboração da proposta do PIBID/FURB/EDUCAÇÃO FÍSICA para o ano de 2012 e 2013.
Neste
sentido, o grupo decidiu utilizar a metodologia de ensino na concepção de aulas
abertas, pautada na obra Concepções abertas no Ensino da Educação Física, dos
autores Hildebrandt e Laging (1986).
As concepções
de ensino são abertas, quando os alunos participam das decisões em relação aos
objetivos, conteúdos e âmbitos de transmissão ou dentro deste complexo de
decisão. O grau de abertura depende do grau de possibilidade de co-decisão. As
possibilidades de decisão dos alunos são determinadas cada vez mais pela
decisão prévia do professor (HILDEBRANDT; LAGING, 1986, p.15).
Nessa
perspectiva, de acordo com os autores, os alunos participam efetivamente da
construção do processo ensino-aprendizagem, o professor participa como mediador
entre eles e o conhecimento, visando à resolução de problemas, baseando-se nas
experiências anteriores trazidas por eles, tendo como características a
não-diretividade. O planejamento e a execução do ensino são vistos como uma tarefa
de todos. Isso permite que o processo de ensino-aprendizagem não seja na
direção do professor ao aluno, mas também entre os alunos, deles para o
professor. Sendo assim, essa concepção prioriza a formação de indivíduo crítico
e autônomo, capaz de tomar decisões conforme sua necessidade e desejo.
Usando a Imaginação...
Espaço da execução das atividades